sexta-feira, 22 de junho de 2012

Traficantes decidem parar a venda de crack

     Ontem, ao assistir o jornal hoje, na globo, me deparei com uma notícia no mínimo curiosa: "Traficantes de duas favelas do Rio de Janeiro decidem encerrar a venda de crack." É estranha essa notícia, já que essa substância representa uma boa porcentagem nos lucros dos traficantes.
    Mas as brigas, os roubos e as confusões geradas pelos usuários do crack fizeram com que até os traficantes desistissem de trabalhar com essa droga. Isso estava chamando a atenção da polícia, e, como a copa do mundo está chegando, a intenção é de mostrar uma cidade mais condizente com o que os estrangeiros tem da cidade que não é totalmente maravilhosa. A maioria dos estrangeiros imaginam uma cidade repleta de praias e belas mulheres, e a prefeitura não quer fazer feio na copa das confederações e nem na copa do mundo. Então uma "limpa" na cidade foi a solução encontrada pelos governantes, e os traficantes tiveram que desistir de vender o crack. Usuários de outras drogas são mais comportados e são de classe social mais alta. Não estou aqui querendo ser moralista, dizendo o que é certo ou o que é errado. Acho que cada um sabe o que faz, e tem o direito de fazer o que quiser de sua vida, desde que não prejudique ou desrespeite o próximo.
    Moro em uma cidade de porte médio para grande no interior de Minas Gerais e o crack está fazendo seus estragos por aqui também. No centro da cidade, garotas super magras perambulam pelas ruas atrás de clientes para fazer um programa,  e conseguir o dinheiro para manter o vício. O número de roubos aumentaram, as pessoas já andam meio paranoicas nas ruas, principalmente as mulheres, apertando suas bolsas ao corpo com o braço. O número de policiais nas ruas também aumentou,  principalmente na época de pagamentos.

    Como o crack é uma droga altamente destrutiva, as pessoas rapidamente ficam debilitadas, ou seja, um usuário de crack não é um bom cliente para os traficantes. Os homens, geralmente perdem seus empregos, vendem o que tem, roubam a família e depois começam a roubar outras pessoas. Mas, com o tempo ficam debilitados e quase nem conseguem correr ao praticar um furto. Já as mulheres, além de roubarem, se tornam garotas de programa para sustentarem o vício, mas, com o tempo, acabam emagrecendo muito, e não são tão procuradas pelos clientes.
     Resumindo, o crack não é um negócio tão lucrativo assim, pois, além de geram muita confusão, os clientes não "duram" muito tempo, pois rapidamente estão destruídos por essa droga. Infelizmente essa é a verdade. Internar à força esses dependentes seria a solução?
    Para falar a verdade, não vejo uma solução a curto prazo para esse problema.
    Vale lembrar que esse assunto não foge muito aos temas que proponho aqui no blog, já que as drogas causam alucinações e transtornos mentais, como a esquizofrenia. No meu caso, a causa foi genética mesmo, somada a fatores externos, como o stress. Volto a dizer que não sou moralista, mas acho que as pessoas deveriam pensar e muito antes de entrarem para esse mundo.

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